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Conheça o setor que não sente a crise

A produção de biscoitos e massas não sentiu os efeitos da crise que encolheu em 6% a atividade da indústria brasileira no primeiro semestre deste ano. O setor vendeu 1,7 milhão de toneladas de alimentos, com destaque especial para biscoitos simples como roscas e maisena, que, diante da recessão, tornaram-se opção de doce para muitos brasileiros. Com isso, o segmento manteve o volume de vendas registrado no mesmo período do ano passado, levantando em 4,88% seu faturamento, que chegou a R$ 18,2 bilhões.

Os dados fazem parte de pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi), em parceria com a Nielsen, e apontam para o terceiro ano consecutivo de estabilidade do setor. “Neste momento de crise, em que todos estão caindo, manter o volume é algo para se celebrar”, reconheceu o presidente da Abimapi, Cláudio Zanão.

Para Zanão, o sucesso das indústrias vinculadas à Abimapi é resultado de fatores como variedade, rentabilidade e tradição. “Além de terem uma infinidade de variantes, o biscoito e o macarrão têm uma penetração de 99,5% na casa do consumidor. Basicamente todo brasileiro compra um pacote de biscoito e de macarrão por ano. É um hábito consumado, que não vai acabar com a crise. O que acontece é que, agora, o brasileiro busca o produto que mais se adapta ao seu bolso”.

É por isso que boa parte dos resultados positivos da associação vem da venda de bis­­coitos simples, que cresceram 6,48% e 2,13% neste ano, respectivamente. Os biscoitos respondem por R$ 10,7 bilhões dos R$ 18,2 bilhões movimentados pelo setor. “Devido ao cenário macroeconômico, produtos básicos tornaram-se boa opção de alimento por conta do preço e da versatilidade. Tornando-se, portanto, grandes impulsionadores da categoria”, reconheceu o gerente de marketing da Arcor do Brasil, Anderson Freire.

Freire ainda ressaltou ainda que os biscoitos recheados também ganharam mais usuários nos últimos meses, porque “na busca por produtos de menor desembolso, os recheados tornaram-se opção prática de doce e sobremesa”. Com isso, a Arcor faturou R$ 230 milhões entre janeiro e julho de 2016, resultado semelhante ao de 2015. Quem também saiu ganhando foi a M. Dias Branco, que detém as tradicionais Vitarella, Pillar e Richester e lucrou R$ 184,1 milhões só no segundo trimestre deste ano.

A segunda maior participação do setor vem das massas, que, segundo Zanão, nunca saem da cesta básica dos brasileiros e movimentaram R$ 4,3 bilhões neste ano. “Apesar de ter subido um pouco de preço, com a alta do feijão, o macarrão tornou-se opção de refeição mais rentável. Também é uma ótima alternativa para quem não pode mais comer fora de casa, mas quer preparar um prato bacana”, argumentou o presidente da Abimapi, apoiado pelo gerente nacional de vendas da Nissin Foods do Brasil, Anderson Camacho. “Mais de 1,6 milhão de pessoas deixaram de comer em restaurantes em 2015, buscando produtos para consumo no lar, como o macarrão”.

Apesar de a indústria brasileira ter encolhido 6% no primeiro semestre deste ano, a produção de biscoitos e massas manteve-se estável. O setor ainda ampliou em 4,88% o seu faturamento com o aumento da venda dos biscoitos, que, por serem baratos, tornaram-se opção de doce na crise.

Fonte: Abimapi /Folha PE