Em período de recessão, a guloseima mais popular do mundo é a solução. Ao menos é o que apontam os dados da Associação Brasileira de Indústrias de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab). De acordo com a entidade, as lojas especializadas geraram 29 mil empregos temporários em todo o Brasil para atender a demanda de doces para a Páscoa este ano.
“Apesar da atual situação econômica do país, obtivemos um aumento de 10% nas contratações, visto que muitas empresas estão investindo em seus pontos de vendas para atrair o consumidor”, analisa o vice-presidente de chocolate da Abicab, Ubiracy Fonseca, que ainda complementa que “supermercados, armazéns, padarias e lojas especializadas oferecerão uma grande variedade de tipos de ovos de chocolate, preços e sabores para todos os perfis de clientes”.
Segundo Fonseca, o volume de chocolates produzidos para 2016 ainda não foram fechados, pois a indústria ainda está produzindo os ovos de páscoa e outros produtos que tem como base, o doce feito a partir da semente do cacau.
Em 2015, a Páscoa – considerada a principal data para o setor – foi responsável pelo acumulado de 19,7 mil toneladas de chocolate produzidas pela indústria e chocolaterias, o que correspondeu a cerca de 80 milhões de ovos de Páscoa em todo o país. “O total ficou estável se comparado a 2014, quando foram produzidas 19,4 mil toneladas do alimento”, avaliou o vice-presidente da associação.
O Brasil é o terceiro maior consumidor e produtor do mundo em chocolates, atrás apenas dos Estados Unidos e Alemanha, com consumo per capita de 2,5 kg/ano. De janeiro a setembro de 2015, a produção apresentou queda de 10% em relação ao mesmo período de 2014. “A retração é reflexo da atual crise econômica brasileira, que trouxe como consequências o aumento da inflação, PIB cada vez menor, aumento do preço de combustíveis e crescimento de desemprego”, conclui Ubiracy Fonseca.
Fonte: Tribuna da Bahia (01/02/2016)